segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Barcelona vence el classico

Pouco Messi, mais Ronaldo, muito Neymar. E nenhum Bale. El Classico terminou com vitória do Barcelona, perante um Real Madrid descaracterizado de início pela tática de Carlo Ancelotti. O brasileiro sambou em Camp Nou e Alexis Sanchez meteu o sombrero que definiu a partida. O Barça foge ainda mais ao rival. Polémica? Houve, claro.

Já se tinha visto Pepe no meio-campo, agora foi a vez de Carlo Ancelotti estrear Sergio Ramos como médio-defensivo. Um equívoco tremendo do italiano. O Barça liderava a tabela, jogava em casa e partia com ligeira ascendência. A tática do Madrid retirou demasiada bola à equipa, Ramos nunca deu rapidez ao meio-campo e, do outro lado, Iniesta e Xavi tricotavam a meio-campo à procura de Messi e Neymar.

O argentino apareceu apenas por uma vez, mas há uma nova estrela em Camp Nou. Neymar rouba a cena, meteu-se entre Messi e Ronaldo e reclamou louros. Numa combinação com Iniesta, percebeu que o único espaço livre era entre as pernas de Carvajal. Remate com a parte interior do pé, bola desviada no defesa e golo. O Barcelona pontuava com golo a supremacia em campo sobre o Real Madrid.

Messi levantou o braço pouco depois. O visionário Iniesta viu o que mais ninguém via e lançou o argentino para a área. Diego Lopez encheu a baliza, Messi atirou ao lado. E retirou-se do jogo até aos descontos, lá no minuto 90.

O Barça podia ter feito ali o 2-0. Já o Real Madrid não fazia nada. Ronaldo andava desesperado à procura da bola. Demasiado longe da esquerda, de onde costuma partir para provocar pânico. Bale nada fazia, Di María remava contra tudo e perdia bolas. O Real Madrid perdia-se em campo.

Podia ter empatado quando Cristiano Ronaldo, por fim, surgiu na extrema esquerda. Passou por Dani Alves em velocidade, cruzou e Khedira desviou para a baliza. Valdés defendeu e o alemão ficou a reclamar mão de um defesa, depois.

Ao intervalo, o Barcelona vencia. Vencia bem, 
Martino foi fiel aos princípios do Barça, Ancelotti fez o Madrid recuar alguns anos nestes encontros. 

Mais incrível foi não ter mudado ao intervalo. Ramos tinha amarelo e continuou em campo. Arriscou o segundo numa falta sobre Iniesta. Undiano Mallenco perdoou-o. Ancelotti percebeu por fim que o capitão não podia jogar ali. Naquela altura, nem ali, nem em campo. Isco parecia ser a opção certa, entrou Illarramendi. 

O Real Madrid melhorou. O jogo também, diga-se. Iniesta foi de novo brilhante. Abriu para Neymar num passe de gigante. O brasileiro disparou de primeira na área, Diego Lopez evitou o golo. 

Três minutos depois, Ronaldo entrou em ação. Modric lançou o português, disparo fortíssimo e Valdés faz uma defesa espantosa. O guardião do Barça salvava o empate, numa altura em que o real Madrid já equilibrava contas, embora continuasse sem grandes ideias, sem um pensador, agora sem os milhões de Bale, que deu lugar a Benzema. Por fim, o Madrid tinha um ponta de lança.

Discutia-se a supremacia da segunda parte quando surgiram momentos fulcrais no jogo, em meros minutos. Aos 71, Ronaldo cai na área derrubado por Mascherano. O árbitro manda jogar. Um penálti claro que levou o português ao desespero. 

Momento seguinte, Benzema roda, chuta uma bomba e faz a Catalunha tremer como a barra da baliza de Valdés, aos 72. 

Messi continuava esquecido no flanco direito. Sem bola, sem rasgos. Mas o Barça compensava com Neymar. Bola no brasileiro, passe a rasgar para Alexis Sanchez. Pausa. Nossa, para perceber o que o chileno ia fazer. Pausa dele, para colocar Varane numa dúvida. Alexis viu Diego Lopez e fez um sombrero fantástico, um momento de génio, o momento que definiu o clássico.

Ronaldo não tinha esquecido o penálti anterior. Provavelmente, o Real Madrid vai fazer com que ninguém esqueça durante a semana e o Barça vai reagir com uma falta de Pepe sobre Fàbregas, no primeiro tempo, também na área. É verdade, porém, que o Madrid deu 45 minutos de avanço ao rival. Agora, dá-lhe seis pontos também. Porque a assistência de Ronaldo e o golo de Jesé, nos descontos, só serviram para amenizar o resultado. 

Messi apareceu por fim. Aos 90+1. Rompeu pela esquerda, entrou na área e serviu Dani Alves. E foi para o balneário festejar o triunfo.

Porto 3-1 Sporting

A Figura: 
Josué
: Saiu cedo do jogo, mas teve grande peso nesta vitória portista. Abriu o marcador logo aos 12 minutos, de penálti (sim, com Josué parecem ter acabado os problemas do FC Porto na conversão de grandes penalidades), e foi o melhor da primeira parte portista. Teve pormenores de grande qualidade, mesmo nas alturas em que o jogo esteve mais parado e confuso. Na segunda parte, logo após o Sporting ter feito o empate, faz a assistência para Danilo marcar o 2-1 e colocar os portistas de novo em vantagem.

A Desilusão: 
Herrera
: Depois da expulsão no jogo da Liga dos Campeões, Herrera tinha que se redimir, mas a pressão notou-se. Muito nervoso, errou demasiados passes. Paulo Fonseca quis dar-lhe um voto de confiança, mas o mexicano não o aproveitou e acabou por sair do jogo aos 66 minutos.

O Momento: 

61 minutos, golo de Danilo: O Sporting tinha acabado de atirar um balde de água fria no Dragão, ao fazer o empate, mas o FC Porto reagiu da melhor maneira, num lance de ataque muito bem organizado. Sem pontapé para a frente, numa jogada que começa do centro do terreno, chega a Josué, na esquerda, que colocou em Danilo, novamente na zona central. O defesa portista controla a bola, finta o defesa e remate depois, ligeiramente cruzado para o fundo da baliza de Rui Patrício. Não houve oportunidade para o Sporting se moralizar, nem para o FC Porto sentir o golo do empate.

Outros Destaques:


Helton: O guarda-redes brasileiro teve uma má exibição frente ao Atlético Madrid, para a Liga dos Campeões, mas desde então, tem estado em grande. Montero obrigou-o a duas grandes defesas seguidas, e esteve sempre bem nas saídas e seguro entre os postes. Sem culpa no golo de William.

Danilo: Boa noite com um golo para ser revisto. Excelente pormenor individual e controlo de bola para rematar na altura certa e fazer o golo numa altura crucial para o FC Porto. Não esteve muito ativo no ataque, por opção técnica, já que Paulo Fonseca não quis que os laterais subissem muito, mas quando esteve, teve momentos interessantes.

Lucho: Melhor na segunda parte, tal como toda a equipa portista, aliás. Marcou o último golo do jogo, mas já antes tinha tentado chegar à baliza de Rui Patrício, mas com menos pontaria.

Varela
: Um pouco inconstante, mas com bons pormenores. Na primeira parte, foi nele que começaram muitos dos ataques portistas. Na segunda parte esteve mais apagado. Na segunda parte, com Jackson Martinez, construiu o lance que daria origem ao golo de Lucho, e ganhou de cabeça a Rojo na área, para fazer chegar a bola aos pés do capitão portista.